CIEnP e Microbiológica cooperam no desenvolvimento de plataforma inovadora de fármacos para o tratamento da dor crônica
Dois compostos estão em fase avançada de estudos pré-clínicos.
PARCERIAS
6/13/20242 min read
O controle apropriado da dor, e especialmente o da dor crônica, ainda constitui um grande desafio para a medicina. Apesar da diversidade de medicamentos disponíveis, os tratamentos atuais oferecem apenas alívio parcial dos sintomas, e tendem a estar associados a uma ampla variedade de efeitos colaterais. Com poucas opções chegando ao mercado nas últimas décadas, e sendo essas pertencentes a classes antigas de fármacos, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de descobrir e desenvolver novos medicamentos com maior eficácia e menor incidência de efeitos adversos. É sob este contexto que há cinco anos iniciamos uma estreita cooperação entre o CIEnP e a empresa Microbiológica Química e Farmacêutica, e que agora passa a dar seus primeiros frutos.
A parceria tem por princípio a união de expertises entre as duas instituições. A Microbiológica tem desenvolvido ao longo dos anos sua competência essencial em síntese orgânica e química medicinal, focada na área de antivirais com grande impacto na saúde pública. Entecavir e sofosbuvir, antivirais que revolucionaram o tratamento da hepatite B e C, são correntemente produzidos pela Microbiológica atendendo, em parceria com Funed e a Blanver, respectivamente, as necessidades do SUS. Já o CIEnP traz ao projeto ampla experiência e know-how nas rotas de estudos não-clínicos para o desenvolvimento de medicamentos, além de possuir infraestrutura única no Brasil com capacidade de atendimento às exigências regulatórias internacionais para esses estudos. O sucesso da parceria também se estende a outros projetos, a exemplo de uma plataforma de novos antivirais para o tratamento de infecções virais respiratórias cujo composto líder, o MB-905, será investigado em estudos clínicos de fase I.
Com mais de 90 moléculas avaliadas até o momento, o projeto CIEnP-Microbiológica de desenvolvimento de novos analgésicos gerou candidatos promissores que são caracterizados por perfis extremamente favoráveis de acessibilidade sintética, propriedades físico-químicas, farmacocinética, eficácia e segurança. Duas das principais moléculas, denominadas MB-611 e MB-662, estão se encaminhando ao fim do ciclo de estudos não-clínicos regulatórios, ao mesmo tempo em que outros compostos inéditos continuam sendo identificados e estudados quanto aos seus efeitos biológicos. Com o depósito de patente já em andamento, a expectativa é, em um futuro próximo, publicar os resultados alcançados em revistas especializadas de alcance internacional. O objetivo atual da parceria é o de completar os ensaios pré-clínicos e posteriormente avançar nos ensaios clínicos para a demonstração da eficácia de nossos compostos.
A descoberta de novas moléculas, os estudos pré-clínicos e as fases clínicas iniciais são as etapas mais intensivas em ciência no desenvolvimento de um novo medicamento. Necessariamente interdisciplinar, este é um território pouco frequentado no Brasil, mas imprescindível para o estabelecimento de uma indústria farmacêutica inovadora e competitiva.
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